domingo, 26 de dezembro de 2010

NATAL

Meu amor, este foi nosso último natal juntas de corpo e alma, no ano de 2009.

Em 2010, já estava sem sua presença física, mas sigo mãezinha, sigo enfrente, de cabeça erguida, com objetivos traçados, todos baseados nos seus preciosos ensinamentos.

Sua presença de alma é muito forte, posso sentí-la a todo instante, e sei, aliás tenho plena certeza que me acompanha 24 horas do meu dia, cuidando de mim, como fazia neste mundo.

Hoje estou assim, sozinha de corpo, mas sempre com sua retarguarda, seus cuidados, seu amor, sua luz e sua paz!

Isso nunca irá cessar!

Te amo infinitamente.

SAID - MODELO

O SAID teve início em Campinas há 15 anos na região Sul da cidade e, atualmente, atende pacientes em todas as regiões da cidade, incluindo casos de maior complexidade.
O serviço atende pacientes que precisam de cuidados especializados, mas não da internação hospitalar. Recebem atendimento, portanto, em suas próprias casas.

Além dos idosos, têm prioridade no atendimento domiciliar os portadores de doenças crônico-degenerativas agudizadas e clinicamente estáveis; as pessoas que necessitam de cuidados paliativos; e aquelas com incapacidade funcional provisória ou permanente, com internações prolongadas ou reinternações, que demandem atenção constante, como AVC.

O objetivo é propiciar atendimento humanizado que melhore a recuperação, permitindo maior autonomia aos pacientes e às famílias durante o tratamento. Com isso, a expectativa é permitir a otimização na utilização dos leitos hospitalares e reduzir o risco de intercorrências e infecções de pacientes em longas internações com cuidados de média complexidade (consultas, exames e alguns procedimentos cirúrgicos).

O atendimento no lar é feito por equipes multidisciplinares composta cada uma por médico, fisioterapeuta, enfermeiro, auxiliar e técnico de enfermagem, nutricionista, assistente social e fonoaudiólogo. As visitas são periódicas e o intervalo entre uma e outra depende do quadro clínico de cada paciente.

A necessidade do atendimento em casa é avaliada pelo hospital ou pela unidade de atendimento de urgência, no momento da alta, pelo Centro de Saúde e, em alguns casos, é realizada triagem.

A terapeuta ocupacional sanitarista Mônica Macedo Nunes, coordenadora da Atenção Domiciliar da Secretaria de Saúde de Campinas, lembrou que o SAID de Campinas foi tomado como referência pelo Ministério da Saúde para a elaboração da portaria 2529, por ser um dos mais bem estruturados no país. “Os avanços foram muitos em 15 anos".

Mônica informou que a Política Nacional de Internação Domiciliar, instituída pela portaria 2529, tem os seguintes efeitos: evita a hospitalização desnecessária, oferta uma alternativa de assistência mais adequada; promove a humanização do cuidado; resgata a autonomia do usuário e da família; permite processos de ‘alta assistida’, reduzindo o tempo de internação hospitalar; propicia o alcance de períodos maiores entre as intercorrências hospitalares em pacientes crônicos; e reduz o sofrimento de forma humanizada em situação de cuidados paliativos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

PROGRAMA ALMIR REIS

O programa de ontem (21.12), atrasou, foi ao ar, por volta das 00h00, porém na quinta-feira dia 23.12 terá reprise no mesmo horário 22h00 e também neste domingo dia 26.12, às 18h30.

DEPRESSÃO PÓS AVC

Uma dor no braço e no pescoço também não chamou a atenção de Ezequias Pereira Braga, 56 anos. Ele culpou o estresse e o cansaço do trabalho pelo incômodo e continuou com a rotina normal. Dois dias depois, estava em coma. “Não tenho muitas lembranças. Cheguei ao hospital e me deram uma injeção. Acordei entubado, com todos aqueles tubos me incomodando. Foram nove dias sem nenhuma consciência e um mês de internação. Perdi a força dos braços e das pernas e não conseguia falar”, conta o aposentado.

Ezequias teve o derrame em maio de 1996 e passou por uma longa recuperação. Com dificuldades para andar e se movimentar, ficou deprimido. “Fiquei com uma tristeza muito forte. Sentia falta do meu trabalho e estava preso em uma cadeira de rodas. Tive muita ajuda da minha família, dos meus vizinhos e do meu neurologista. É estranho, porque a mente funciona a mil, mas o corpo não responde. Foi muito difícil, mas conforme os resultados foram aparecendo, fiquei revigorado”, diz o aposentado, que, 14 anos depois do acidente, ainda sofre com problemas de equilíbrio.

O estresse, a má alimentação e o sedentarismo foram os grandes culpados pelo acidente vascular cerebral de Ezequias. Ele acredita que se tivesse dado atenção aos fatores de risco e se cuidado mais, o resultado seria outro. “Eu ainda tinha outro agravante: tive um irmão que faleceu por causa de AVC e ele tinha problemas cardíacos. Mas não me preocupava com a saúde, vivia para o meu trabalho. É preciso ter muita força de vontade para se recuperar de um derrame”, analisa.

Em 2003, Iara Maia Dias, então com 45 anos, foi fazer um lanche em um quiosque depois do trabalho. “Estava comendo e comecei a sentir uma tonteira, ouvia as vozes das pessoas longe, como se tivesse ficado surda. Queria falar e não conseguia, a língua enrolava. Minha filha estava comigo e me levou correndo para o hospital”, relembra. O resto parece ter ficado em um lugar bem longe da memória. A última lembrança foi do médico levantando seu braço, sem que ela conseguisse expressar reação ou força.

Enquanto ainda estava em recuperação, Iara teve mais três derrames. O AVC era consequência de uma trombose, diagnosticada meses antes. O lado esquerdo ficou paralisado, mas com a fisioterapia ela recuperou os movimentos. “Acho que o estresse também colaborou. Aprendi que a gente tem que ter o momento de trabalho e de lazer, procurar relaxar, se divertir, passear ao ar livre ou ler”, conta a aposentada. Hoje, além de levar a vida de uma forma mais leve, ela também faz caminhadas três vezes por semana e acompanhamento médico constante. “Minha única sequela é que às vezes esqueço o que acabei de falar. O exercício faz bem, porque traz oxigenação. Sempre controlo a pressão. E, se sinto alguma coisa, vou logo para o médico”, completa.

Minha única sequela é que às vezes esqueço o que acabei de falar. O exercício faz bem, porque traz oxigenação. Sempre controlo a pressão. E, se sinto alguma coisa, vou logo para o médico
Iara Maia Dias, aposentada, sete anos depois do AVC

ATENÇÃO AOS SINAIS!

Não é difícil encontrar alguém que tenha uma história sobre AVCs. Um avó que sofreu com os males de um forte derrame, o pai que de repente não conseguia mais andar, uma jovem prima que ficou dias em coma, mas tenta se recuperar. Para Ana Júlia Chagas, 63 anos, a protagonista desse filme de terror foi a filha. A professora Beatriz Santana da Silva, 44 anos, começou a perceber algumas mudanças quando estava na faculdade. “Eu via algumas cenas ao contrário, de cabeça para baixo, não conseguia colocar o calçado, meu olho direito não mexia direito e depois um lado do lábio ficou paralisado”, lembra a pedagoga.

Foram dias sem ninguém perceber nada, até que Ana Júlia leu em uma revista sobre os sintomas do derrame e percebeu que eram os mesmo da filha. Elas correram para o hospital em busca de um neurologista. Além de descobrirem que ela tinha sofrido um AVC, a causa era ainda mais assustadora: um aneurisma no cérebro. “Foi terrível. Beatriz ficou com o lado direito completamente comprometido, perdeu a fala, ficou na cadeira de rodas, foi tudo muito rápido. Depois de um tratamento longo e um procedimento cirúrgico, ela melhorou. É preciso ficar muito atenta aos sintomas, se eu não tivesse lido, me informado, talvez tivesse sido tarde demais”, conta a aposentada.

PEQUENO PODER DE REGENERAÇÃO

Quando o cérebro sofre algum dano, a recuperação pode ser longa e lenta. As sequelas deixadas por um acidente vascular cerebral (AVC) são determinadas pela área onde ele ocorreu. Na hora da crise, é importante chegar a uma emergência em até quatro horas e meia para receber o medicamento adequado. Se o tipo for isquêmico, é dada uma dosagem do medicamento alteplase (rt-PA). Se o problema for hemorrágico, a pressão arterial é controlada e o paciente é encaminhado para uma unidade de tratamento intensiva.

Passados os primeiros socorros, já no hospital começa a fase da recuperação. O neurologista investiga a causa do acidente e as sequelas do paciente. O tratamento é feito de acordo com o resultado dos exames. Geralmente, a pessoa é encaminhada para especialistas na área de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e nutrição.

Quem tem um derrame apresenta um risco três vezes maior de ter outro do que alguém sem um histórico do problema. Nos primeiros cinco anos depois da primeira crise, as chances de acontecer outro AVC aumentam cerca de 40%. A recorrência é ainda mais perigosa, porque partes do cérebro já sofreram danos irreversíveis. No entanto, existem algumas medidas que podem ajudar a evitar outro acidente vascular cerebral, como parar de fumar, ter uma alimentação saudável, fazer uma atividade física e administrar os níveis de colesterol.

O grande problema na recuperação de um AVC é que o sistema nervoso central tem uma capacidade pequena de se regenerar espontaneamente. Uma pesquisa feita na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realiza testes com células-tronco para conseguir aumentar as chances de regeneração. Os resultados em ratos foram promissores, mas a equipe acaba de começar a fase de testes em humanos. “Estamos terminando um estudo clínico para avaliar a segurança das células da medula óssea em pacientes com AVC isquêmico na fase aguda, até 10 dias depois da crise. Se as células se mostrarem seguras e eficazes, isso poderá se tornar uma terapia”, afirma a chefe do grupo e neurobiologista Rosalia Mendez-Otero.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

AO AR!

Pessoal, vejam o e-mail que recebi

"Oi Camila.
O programa que vc gravou conosco vai ao ar essa semana.
Canal 8 da Net.
Terça e quinta às 22h
Domingo às 18h30"
Assistam todos! Quero muito a opinão de vocês!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

HC - HOSPITAL DAS CLÍNICAS (UNICAMP)

O HC de Campinas, é o hospital terciário, mais bem preparado para receber pacientes que sofrem AVC. No PS, o hospital conta com profissionais na área de neurologia, 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Portanto, o procedimento trombólise pode ser realizado a qualquer momento, em pacientes indicados. Esta indicação envolve principalmente o tempo em que o paciente é atendido, por isso, a importancia do atendimento o mais rápido possível.

E já tivemos grandes avanços, pois, na enfermaria, já temos também profissionais na área de fonoaudiologia.

A vítima pode apresentar os seguintes sintomas;

Dor de cabeça forte, sem causa aparente;
Tontura e perda de equilíbrio ou coordenação motora;
Dificuldade de enxergar com um ou ambos os olhos;
Problemas de fala ou de compreensão;
Dormência ou fraqueza na face, nos braços e nas pernas 
Um indivíduo pode ter um AVC a qualquer momento, independente de ser jovem e ter boa forma física, portanto, se perceber qualquer sintoma aja rapidamente, entre em contato com o SAMU 192 e peça ajuda.

TEMPO É CÉREBRO!





domingo, 12 de dezembro de 2010

14.12 - UM GRANDE PASSO

Dia 14.12, terça-feira próxima já está chegando!

Com toda certeza será um grande passo, o 1º e principal "chute" para concretização da nossa ONG.
Aposto todas as minha fichas, que vamos conseguir ajudar mais e mais vítimas desta catástrofe terrível, chamado AVC.

Cada dia que se passa, me fortaleço, com este único objetivo, salvar vidas!
Salvar vidas de mães, pais, irmãos, irmãs, filhos, filhas, tios, tias, enfim, de pessoas amadas por alguém, e não apenas de mais uma estatística do Ministério da saúde.

Eu chego lá!!!!

sábado, 11 de dezembro de 2010

ENQUETE

Pessoal, preciso de um nome para minha ONG, para isso peço a ajuda de todos.

Gostaria demais que se chamasse "ONG MARIA TEREZA VOLPE". O que vocês acham da minha idéia?

Aguardo comentários com sugestões.

NATAL

Neste Natal quero pedir ao "papai noel", muita paz, muita luz, muita evolução para a pessoa mais importante da minha vida.

Hoje ela está com Papai do Céu, mas tenho certeza que continua cuidando de mim.

O Natal no Céu, este ano, será muito mais feliz, com essa pessoinha organizando a ceia.

Feliz Natal meu amor!

ALMIR REIS

Almir Reis e Carolina, quero agradecê-los pela oportunidade de divulgação da minha ONG e também, pelo trabalho maravilhoso de levar informações importantes sobre AVC para um grande número de pessoas.

Querido Almir, muito sucesso!

Assim que o programa for ao ar, aviso todos!!!!

LISTA IMPORTANTE DA MINHA VIDA

Passei dias relacionando os nomes mais importantes para mim, neste últimos 4 meses, e que ficarão guardados no meu coração para o resto da minha vida.

São pessoas iluminadas, cada uma com suas qualidades, fraquezas, defeitos, porém, com uma missão maravilhosa.

Não quero imunerá-las em grau de importância, meu coração não é dividido desta maneira.

Tia Yeda, tia Marily, Chris, Giba, tia Vanda, tio João, tio Beto, tia Ice, Rick, Xu, Marina, tio Julio, tia Gis, Jusi, Juli, Gui, tia Terezinha, Marilsa, Romilda, Sandra Maria, Alexandre Kumagai, Valdir, Márcia Negrão, Edison Lins, Arthur (Veris), Dr. Wagner Avelar, Carol Coan, Marcos (psicólogo), Dr. Diego, Dr. Alberto, Dr. João Paulo, Dr. Marcos, Dr. Benito, Juliana (fisioterapeuta), Dr. Francisco (Chico), tia Ophélia, tia Ivaniza, Pe. Haroldo, Dra. Núbia, Titi, Loira, Suely Torres, Magali, Dra. Ariane Castro, Zeca, Beto, pessoal do atendimento domiciliar e transporte do SAMU. Muito obrigada a todos, cada um, pelo "papel" que interpretou na minha história. Que Deus ilumine todos vocês a cada segundo de vida.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

OBRIGADA!

Quero muito agradecer, em especial no dia de hoje, a duas pessoas queridas que entraram na minha vida neste ano de 2010.

Agradeço por toda compreensão, força, ajuda, conversar intermináveis, "puxões de orelha", atenção e tantas outras coisas boas que me proporcionaram e continuam proporcionando neste momento tão difícil e frágil da minha vida.

Neste caso, não existe 1º lugar a agradecer tal pessoa, pois, eles estão juntos, no mesmo nível e tenho certeza que ao meu lado. Sandra Maria Sahd, minha coordenadora e Alexandre Kumagai, meu diretor.

Muito obrigada mesmo!

GRAVAÇÃO



Hoje, acordei com uma missão um pouco maior que a rotineira, ou seja, levar informações sobre prevenção e tratamento do AVC, para um número bem maior de pessoas.

Estarei gravando um programa de televisão, com este único intuíto.

Assim que souber a data de exibição, estarei informando a todos vocês!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

06.12 - MARCOS

Bom dia!

Depois de tanta correria, vou conseguir postar minha experiência com Marcos, psicólogo. No dia 06.12, estive na Unicamp, no ambulatório de neurologia, porém, antes me encontrei com nosso querido Beto, de relações públicas, e ganhei uma linda rosa vermelha, com todo carinho que esta pessoa emana. Muito obrigada meu amigo.

Minha conversa com Marcos, foi maravilhosa. Como pode um profissional, entender tão bem a alma humana, os sentimentos, as reações e expectativas de uma vítima do luto.

Mesmo que tenha se passado 03 meses já, eu preciso vivenciar, elaborar, sentir e sofrer o meu luto, da minha maneira, e o tempo que for necessário. Isso não é uma questão de se entregar, e sim de sentir a real dor, para que tudo possa ser resolvido em seu tempo certo, caso contrário, uma hora ou outra, este luto "guardado", irá explodir ou pior, transformar-se em uma depressão terrível!

Não quero isso para mim, e não vou me entregar! Estou vivenciando meu luto na carne e na alma, mas preciso seguir enfrente.
Vou sim, é ajudar as pessoas que precisam, vou sim é trabalhar, vou sim estudar, vou sim amar, vou sim viver minha vida, como minha mãe sempre exigiu de mim, ou seja, viver feliz a cada segundo, como se fosse o último suspiro.

Ah! não posso me esquecer também, que neste dia, me encontrei com Dr. João Paulo Cavalcante, excelente neurologista, que atendeu minha mãe, em seus últimos minutos de vida. Muito obrigada Dr. por tudo.
Só não precisa mais me chamar de Sra. (perca este "costume"...haha).

Mais uma vez, muito obrigada a todos que fizeram e hoje continuam fazendo parte da minha história de vida!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

USO DA PÍLULA ANTICONCEPCIONAL X CIGARRO

Na maioria das mulheres, a pílula é segura. Se não fosse assim, todos nós conheceríamos alguma moça que teve um AVC depois de tomar anticoncepcional. Mas as que usam esse tipo de contracepção precisam saber que os hormônios aumentam a capacidade de coagulação do sangue. O mesmo pode ocorrer quando a mulher faz reposição hormonal na menopausa. Quem toma pílula ou faz reposição hormonal está mais sujeita a sofrer de trombose (formação de coágulos no interior de um vaso sanguíneo). E a trombose pode levar ao AVC. Algumas condições genéticas favorecem a ocorrência desse problema. Muitas vezes, porém, o AVC sofrido por uma mulher jovem é o primeiro da família. “Em 99% dos casos, as moças não sabem que têm predisposição genética”, diz a neurologista Gisele Sampaio Silva, do Hospital Albert Einstein.
 
A combinação de pílula e cigarro eleva em oito vezes o risco de AVC. O sangue dos fumantes torna-se mais propenso à formação de coágulos e a nicotina também enrijece as artérias que irrigam o cérebro. Logo, mulheres que fumam não devem tomar pílula. Quantas sabem disso? “Muitas fumam e não contam ao ginecologista”, diz a neurofisiologista Maristela Costa, do Hospital do Coração (Hcor), em São Paulo. O inverso também é verdadeiro. Muitos médicos receitam pílula e não perguntam se a mulher fuma.
A gerente de produto Amanda De Tommaso Oliveira, de 31 anos, fumava desde os 15. Aos 27 anos, consumia um maço por dia e não tomava pílula. Para tentar reduzir um cisto no ovário, o ginecologista receitou-lhe um anticoncepcional. Após dez dias de uso, Amanda teve um AVC. Estava em casa, assistindo à TV, quando o braço esquerdo começou a ficar pesado. O desespero aumentou quando Amanda tentou pedir ajuda à irmã Isabela. Os pensamentos fluíam, mas ela era incapaz de pronunciar qualquer palavra. 

Amanda sofreu um AVC pequeno na região frontal do cérebro, no lado direito. Passou três dias no hospital. Logo nas primeiras horas, a fala e os movimentos foram voltando. Desde o derrame, nunca mais colocou um cigarro na boca. Hoje leva vida absolutamente normal. Mas a experiência deixou marcas profundas. “O AVC não estava no meu script, mas me ensinou a valorizar cada instante”, diz Amanda. Em vez de pensar naquilo que quer ter, pensa no que já tem. “Tenho casa, família, amigos e pernas que me levam aonde eu quero. Já tenho tudo.”

domingo, 5 de dezembro de 2010

AMANHÃ 06.12

Não vejo a hora de chegar amanhã!
Às 14h00 estarei no ambulatório de neurologia da Unicamp, para conversar com Dr. Marcos, psicólogo.

Meu 1º passo para realização de um projeto de vida.

Depois conto a todos vocês, minha experiência com este maravilhoso profissional!

SOBREVIVENTES DO AVC

(Texto copiado de uma comunidade do orkut)

Primeiro, entenda que o sobrevivente de AVC não se tornou um incapaz. Ele apenas está doente. Segundo, esteja certo de que o paciente está tentando fazer as tarefas propostas, apenas não no nível de habilidade nem no tempo de quem as propõe. Portanto, não avalie sua capacidade cognitiva pela velocidade com que ele responde. Fale com ele diretamente em vez de falar sobre ele com os outros, como se ele não estivesse ali. Incentive-o a aprender constantemente, mesmo que leve vinte anos. Ao propor um desafio ou tarefa, fragmente todas as ações em pequenos passos e esclareça ao paciente qual é o próximo, para que ele possa saber que objetivo está perseguindo. Formule questões de múltipla escolha em vez de perguntas cujas respostas sejam sim ou não. Elas estimulam o cérebro a trabalhar. E dê-lhe tempo para procurar a resposta em vez de completar suas frases. Comemore todos os pequenos avanços na recuperação, porque eles são a inspiração para conquistas maiores. Sobretudo, ame-o pelo que ele é hoje.

A afirmação de que seis meses é o prazo máximo para uma vítima de derrame recuperar determinada habilidade está totalmente errada. Os seis primeiros meses são os melhores, mas vi meu cérebro se recuperar durante oito anos ( depoimento de uma vítima ). Já ouvi pacientes dizer, quinze anos depois do derrame, que estavam readquirindo movimentos. Além do mais, já se sabe que, após o derrame, algumas células cerebrais que sofreram o trauma interrompem suas conexões com outras células e ficam num estado de dormência, mas não estão mortas. As células que morrem são aquelas que entram em contato direto com o sangue do derrame. Os grupos de células que ficam adormecidas isolam-se para se proteger. Com o tempo, conforme aumentamos a estimulação, eles podem crescer, conectar-se à rede e voltar a funcionar. Isso sem falar na capacidade de adaptação das células cerebrais. Quando as células responsáveis por uma tarefa não podem mais realizá-la, passam a contar com a colaboração de outros grupos de células, desenvolvendo novas habilidades e compensando aquela que foi perdida. Quando se perde um dos sentidos, os outros tendem a ficar mais aguçados.
Nos últimos dez anos, houve duas grandes contribuições científicas à crença na capacidade de recuperação constante do cérebro. A primeira vem do conceito de neuroplasticidade, em que o cérebro altera suas conexões conforme o tipo de estímulo. Antes, pensava-se que a estrutura do cérebro era definida na primeira infância, e não mudava. A segunda vem da descoberta de que novos neurônios crescem em locais estratégicos. Um exemplo: um alcoólatra de longa data pára de beber. Depois de três meses, novos neurônios começam a crescer no hipocampo, a parte do cérebro responsável por armazenar memórias recentes. Assim, ele terá um grande estímulo à aprendizagem. Até dez anos atrás, tínhamos como certo que não se formavam novos neurônios

sábado, 4 de dezembro de 2010

O TEMPO

Hoje, dia 04.12, já faz 3 meses que perdemos nossa querida....como o tempo passa! Mas ao mesmo tempo, parece que o tempo está parado, lá no dia 05.08.

Realmente tudo tem seu tempo, e este tempo acaba.

Nosso tempo juntas neste mundo passageiro, acabou minha Teca, mas tenho uma certeza, que nem mesmo o tempo vai nos separar. O tempo não chega até o ápice do nosso amor, nossa cumplicidade nem mesmo de nossas desavenças.

Oh tempo! Nem tenha esta pretenção.....pois você nunca passará para nós duas, muito menos irá nos separar!

+ 02/07/1952   
   
Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce - uma estrela,
Quando se morre - uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
"Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!" (Mário Quintana)

* 04/09/2010 Muita luz!

Te amo

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

TUDO CONSPIRANDO A FAVOR!

OI Camila.
Me interesso muito pela a sua entrevista. Esse tema realmente é de extrema importância pra todo sociedade.
Gravaremos o programa casual na próxima sexta feira, dia 10 de dezembro às 13h30.
Aguardo o seu contato para participar.
No caso fazemos entrevista sempre com uma pessoa, por causa da logistica do programa.
Seria ótimo vc dar o seu depoimento e numa futura oportunidade chamaremos o Dr.Marcos.
Aguardo a sua confirmção ainda hoje.
Endereço da gravação: Av. Jesuino Marcondes Machado, 576, Nova Campinas ( loja bontempo)


Dr. Wagner, Dr. Li Li Min, e agora? Agora.....vou com a cara e com a coragem! E vamos conseguir ajudar mais e mais as vítimas do AVC.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

UM ANJO COM UMA MISSÃO MUITO IMPORTANTE

Hoje dia 02.12, 21h59, estou muito feliz! Cheguei do cabelereiro, e resolvi ligar para Dr. Wagner Avelar, para saber como andam as trombólises, e para minha surpresa, um super elogio!


Anjos existem sim!


E olha, um elogio de um profissional do nível deste "Dr. anjo", vale e muito.

Ficamos por alguns minutos no telefone, trocamos muuuuuitas idéias, e cada idéia, uma melhor que a outra. Estas trocas de idéias, só me fizeram comprovar, minha missão.

Vamos conseguir montar um centro de atendimento somente para vítimas de AVC, trombólises, com todo cuidado que esta catástrofe exige.

E começo por aqui, agora. Você que está aí lendo meu blog, pode nos ajudar e muito, a cuidar destas vítimas.
Vamos nos mobilizar, e cada um com um grãozinho, faremos nossa praia!

Somente quem sofre com este acidente vascular, sabe da importância, de um atendimento rápido e adequado.

Meus amigos da família "Silva", vamos correr para mais este "X" e ajudar vidas! Meus amigos, meus familiares, pessoal da chama acessa, agora chegou a hora e preciso de vocês.

Muito obrigada a todos e conto com todos!!!!

O LUTO

A vida de quem fica
A morte desorganiza, deprime. Mas o luto tem começo, meio e fim. Nesse processo, a dor da perda se transforma em saudade, e a vida continua, com outro sentido.

Os sintomas do luto são divididos em fases: choque, negação, raiva, depressão e aceitação. Nesse processo, a pessoa experimenta desinteresse pela vida, culpa, baixa auto-estima, angústia, revolta. A duração e a intensidade desses sentimentos vão depender do histórico de perdas da pessoa, e também do grau de relação com quem morreu (a perda mais dura seria a de um filho, pois quebra um ciclo ("ilusoriamente previsível") e do tipo de morte. Nas mortes traumáticas, acidente, suicídio, assassinato, pode haver uma fase de negação mais prolongada, a culpa e a revolta podem aparecer com mais intensidade.

Para superar o luto, é importante não sublimar a dor. "É para doer mesmo". Faz bem à família se reunir para chorar, conversar sobre o assunto, olhar retratos. Os rituais também ajudam, porque a recuperação é centrada na aceitação. "O velório permite que as pessoas se despeçam e que o enlutado seja reconhecido como tal".

O período luto-casa dura cerca de dois meses. Aí cessam as visitas e a dor costuma piorar. É quando costuma ocorrer uma tentativa de resgatar o cotidiano anterior à perda, o que é impossível. É muito importante, nesse estágio, se desfazer de objetos e roupas de quem morreu, e mudar hábitos. Muita gente muda de casa, de profissão, se engaja em uma causa.

Depois de uma perda, ou a gente fica amarga, ou mais sensível. Meu objetivo é adoçar a vida, ajudando vítimas do AVC, sem esquecer nem hipervalorizar a pessoa que se foi, no caso, minha mãe.

De maneira geral, leva-se de um a dois anos para "elaborar a perda", no jargão dos especialistas. Nesse período vão ocorrer pela primeira vez as datas importantes: aniversário, Natal... Se os sintomas de luto persistem, é provável que a pessoa não esteja vivendo as etapas necessárias à superação. Freud, no texto "Luto e Melancolia", compara essas duas condições que encerram "o mesmo estado de espírito penoso, a mesma perda de interesse pelo mundo externo". Só que, no luto, diz Freud, "é o mundo que se torna pobre e vazio; na melancolia, é o próprio ego". Nos dois casos, existe uma oposição à realidade. Mas, no luto, "normalmente prevalece o respeito pela realidade", ou seja: uma hora termina e a alegria se torna, ao menos, possível.

O processo considerado "anormal" pelos especialistas tem duas reações opostas: ou a pessoa não sai do luto (é a mãe que arruma o quarto do filho, cultuando o morto todos os dias) ou nem sequer entra nele (a pessoa fica indiferente, não chora, age como se não tivesse acontecido). Nesse luto "adiado", a dor fica guardada em algum lugar e um dia vem à tona.


"É estranho viajar e não ter que avisar minha mãe, sinto falta até das brigas...Ehhh Teca"

Se você perdeu alguém assim como eu, é preciso realizar um processo de aceitação e relacionar-se com essa perda, com a dor da morte. Alguns passos para retomar o processo para viver bem as perdas e o luto: 

1º - Assumir que você tem direito de estar de luto, de chorar, de querer se recolher, de sentir a dor da ruptura. Não tente mascarar a realidade e os seus sentimentos. Isso é natural, querer fugir disso é problema na certa;

2º - Dar nome aos seus sentimentos: dor, saudade, decepção, revolta; pois você esperava outra coisa e até um milagre, a recuperação, a reconciliação; 

3º - Perdoar e reconciliar-se com todas as situações que envolveram essa perda: perdoar a pessoa que faleceu, por ela ter ido desta forma tão cedo, por ter se separado de você, por não ter se despedido etc. Perdoar Deus por ter permitido essa morte ou essa perda, por não ter realizado o que você tanto pediu. Perdoar as pessoas que estavam vivendo com você este momento, médicos, parentes, instituições. Perdoar a si mesmo por ter se exposto, por não aceitar o processo natural e não se permitir sofrer. 

4º - Tomar consciência de que Deus está no controle de todas as coisas. O desejo dEle não é a morte nem o sofrimento humano, mas acontece no “tempo de Deus”, pois Ele sabe o que é melhor para nós. A providência é a sabedoria de Deus que rege todas as coisas, a visão dEle não é limitada como a nossa. Deus não erra e sempre nos vê com amor! 

5º - Guardar uma verdadeira imagem da pessoa que se perdeu. Quando se perde alguém, é costume preservar a imagem da pessoa, mas o exagero da memória de quem morreu ou foi embora não nos ajuda a recuperar o luto, a perda. Por isso, é essencial guardar a verdade das pessoas, as qualidades e os defeitos. Não é só porque morreu, que se tornou santo: “Ah, fulano era tão santinho! Só tinha alguns defeitinhos de nada!”. 

O melhor remédio para curar o luto?
O TEMPO E MUITO AMOR!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SEPSE

Hoje quero falar um pouquinho sobre sepse, mais conhecida como infecção generalizada. A sepse pode atingir facilmente pacientes que sofreram AVC isquêmico ou hemorrágico.


No vídeo abaixo, vamos poder entender um pouco mais sobre o que realmente acontece no corpo de um paciente com sepse.




O ponto fundamental que dá origem a sepse é a infecção por um microrganismo. Mas na verdade, não é a infecção que está em todos os locais do organismo. Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, mas provoca em todo o organismo uma resposta para combater o microrganismo causador da infecção.
Esta resposta é uma inflamação que pode vir a comprometer o funcionamento de vários órgãos. Esse quadro é conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos, sendo bastante grave e potencialmente mortal.

Algumas pessoas têm maior chance de serem vítimas da sepse:
  • Prematuros, crianças abaixo de 1 ano;
  • Idosos acima de 65 anos;
  • Portadores de imunodeficiência: câncer, quimioterapia, uso de corticóide, doenças crônicas, AVC;
  • Usuários de álcool e droga;
  • Vítimas de traumatismos, queimaduras, acidentes automobilísticos e ferimentos à bala;
  • Pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, cateteres ou sondas
O diagnóstico da sepse é realizado pelo médico levando em consideração sinais e sintomas como:
  • Taquicardia: aumento dos batimentos cardíacos (acima de 90 por minuto);
  • Febre: aumento da temperatura acima de 38˚C (considere também hipotermia: queda abaixo de 36˚C);
  • Taquipnéia: aumento da respiração (acima de 20 por minuto);
  • Falta de ar;
  • Diminuição da quantidade de urina;
  • Pressão baixa;
  • Confusão mental.
E complementados por exames laboratoriais como:
  • Hemograma;
  • Hemocultura: investigação de microrganismos no sangue;
  • Dosagem de lactato.
O tratamento da sepse envolve uma séria de medidas e procedimentos médicos, tendo como ponto fundamental o diagnóstico correto e o mais precoce possível.
As medidas envolvem:
  • Tratamento com antibióticos que visam combater a infecção;
  • Reposição de líquidos e eletrólitos perdidos pelo corpo;
  • Restauração e manutenção da pressão arterial
A sepse pode atingir três estados;

SEPSE: resposta sistêmica à infecção grave; o paciente é portador de sepse caso apresente SIRS deflagrada por infecção;

SEPSE GRAVE: é a sepse associada com disfunção de órgãos, hipoperfusão ou hipotensão, podendo haver acidose lática, oligúria ou alterações agudas do nível de consciência;

CHOQUE SÉPTICO: sepse com hipotensão, a despeito de adequada ressuscitação hídrica, associada à presença de anormalidades de perfusão;

Infelizmente, minha mãe, não resistiu ao tratamento contra sepse, que desenvolvida, gerou um choque séptico, com parada cardíaca fatal.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

E VOCÊ? COMO VOCÊ MEDE SEU ANO?




Quinhentos e vinte e cinco mil e
seiscentos minutos
Quinhentos e vinte e cinco mil
momentos bons
Quinhentos e vinte e cinco mil e
seiscentos minutos
Como você mede...
Mede um ano?
Em dias? Em Pores-do-sol?
Em meia-noites? Em copos de cafe?
Em centimetros? Em milhas?
Em risos? Em lutas?
Em quinhentos e vinte e cinco mil e
seiscentos minutos
Como você mede...
Um ano de vida?
Que tal em amor?
Que tal em amor?
Que tal em amor?
medir em amor
temporadas de amor
temporadas de amor
Quinhentos e vinte e cinco mil e
seiscentos minutos
Quinhentos e vinte e cinco mil...
Jornadas para planejar
Quinhentos e vinte e cinco mil e
seiscentos minutos
Como você mede a vida
de uma mulher ou de um homem?
Em lições que se aprendeu
Ou nas vezes que chorou
Nas pontes que ergueu
ou na maneira que ela morreu
A hora... é agora!
Essa história não tem fim
De celebrar
lembrar do ano
Na vida de amigos
Lembra com amor
Lembra com amor
Lembra com amor
Meça com amor
Meça,
meça sua vida com amor
Tempos de amor
Tempos de amor
 
NÃO PERCA MAIS TEMPO......AME AGORA, AME HOJE E AME SEMPRE!

MENSAGEM LINDA



Mensagem enviada por uma amiga, vítima sobrevivente de um AVC hemorrágico.
"Deus quer restaurar-nos completamente, fisicamente, socialmente e espiritualmente, temos um deus único q não é Deus de multidões, mas de indivíduos. Ve cada um distintamente, conhece as impossibilidades e dores e socorre cada um , conforme suas necessidades..."

RECONHECIMENTO MERECIDO - E-MAIL RESPOSTA

"Camila

Fico muito agradecido em nome de toda nossa equipe  pelo reconhecimento de nosso trabalho !
Esse  e- mail será repassado a todos os profissionais !

Um forte abraço

Dr. José Roberto Hansen
Coordenador SAMU192 Campinas"

Mais uma vez, muito obrigada ao serviço "SAMU 192", aproveito para acrescentar, atrás de uma grande equipe, existe um grande coordenador.

É HOJE!

São exatamente 10h38, recebi uma ligação inesperada, porém, muito boa. Dr. Marcos, psicólogo da neurologia da Unicamp.

Já nos conhecemos, quando minha mãe ficou internada, tivemos uma ótima conversa, sobre a doença, a morte, as possíveis sequelas, entre outros, isso ocorreu na enfermaria da neuro, com Dr. Marcos, minha querida tia Yeda e eu.

Neste blog mesmo, tenho um texto maravilhoso do Dr. Marcos, descrevendo o processo de "desligamento" deste mundo.
Amanhã, entro em contato com ele novamente, para marcarmos uma bate papo!!!

Fiquei muito feliz, continuo caminhando em busca da realização do meu projeto de vida! E o mais importante....sei que não sigo sozinha!


DRA. SHEILA MARTINS

Oi Maria Camila
Sentimos muito pelo teu sofrimento e por tudo que ocorreu com a tua mãe. Tenho certeza que ela foi atendida da melhor maneira possível, porque a UNICAMP é um dos melhores hospitais públicos do país e o Dr Wagner, além de ser uma pessoa especial, é um excelente profissional.
Ficamos muito agradecidos com a tua oferta para ajudar e faremos contato sempre que tivermos campanhas, entrevistas com familiares de pacientes, etc.
Tenho certeza que se ajudares como voluntária na UNICAMP isto ajudará a minimizar a tristeza pela tua perda.

Atenciosamente
Sheila Martins
Presidente da Rede Brasil AVC

E-mail recebido hoje pela manhã. Quer esperança e acalento maior que este? Poder ajudar pessoas que sofrem como eu, devido este mal chamado AVC.
Vida!!!!!!!!!!!!!!

Mãe você ainda vai ter muito orgulho de mim!!!!

Te amo!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Risco de AVC é hereditário

A probabilidade de um indivíduo sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) por volta dos 65 anos é maior no caso de um dos seus progenitores também ter passado pelo mesmo problema naquela idade, afirmam investigadores norte-americanos num artigo publicado no jornal Circulation.

Muitos dos fatores de risco para o AVC, como a hipertensão arterial, a obesidade e o tabagismo, podem ser modificados, mas a história familiar da doença não pode ser alterada, lembram os autores, sugerindo que o historial clínico familiar passe a fazer parte da avaliação do risco de ataque.
Nesta investigação, foram recolhidos dados referentes a 3.443 pessoas. Na história clínica dos progenitores destes participantes, existiam 106 casos de AVC por volta dos 65 anos.

Entre os atuais participantes, 128 sofreram AVCs ao longo dos 40 anos em que decorreu o estudo.

Tendo em consideração os principais fatores de risco para o AVC, os investigadores verificaram que os indivíduos cujos progenitores tinham tido aquele problema apresentavam o dobro do risco de também sofrerem um AVC.

Esta relação é mais acentuada entre mães e filhas.

Mas até nisso Teca? Relação eterna!

Depressão pós-AVC resulta de lesões microvasculares

Recuperar de um acidente vascular cerebral (AVC) é geralmente um processo longo que depende das características do próprio caso, da rapidez da atuação para minimizar os riscos e do apoio dado ao doente. Mas um episódio de derrame cerebral  pode  muitas vezes ser agravado pela sequência de uma depressão. Esta tem por base lesões microvasculares e que, nem sempre, são visíveis em neuro-imagens, mas que a jovem investigadora Micaela Santos consegui detectar com trabalhos de análise “pos mortem” de cérebros.

A psiquiatra, de 31 anos,  natural de Viseu, está investigando no Mount Sinai School of Medicine, em Nova Iorque, e desenvolveu um estudo neuropatológico sobre a ocorrência de depressão em idades avançadas e pós-enfartes e constatou que, no último caso a depressão tem um componente “muito biológico”.

“Os fatores de risco crónico a nível vascular, que não são visíveis em técnicas de ressonância, têm impacto no risco de depressão”, explicou ao “Ciência Hoje”, acrescentando que este transtorno é diferente do típico e caracteriza-se “pela apatia e dificuldades de motivação e de concentração”.
Trata-se de lacunas subcorticais que ocorrem em três zonas do cérebro e dão origem a “enfartes muito pequenos”. “Vimos que os casos de AVC que desenvolvem depressão têm uma relação com este tipo de lacunas, o que não foi verificado nos casos de depressão de início tardio”, assegurou a médica.

Este trabalho, iniciado na Universidade de Genebra (Suiça), onde Micaela Santos fez uma especialização em psiquiatria antes de partir para os Estados unidos, foi distinguido com o segundo Prémio de pesquisa do envelhecimento Vontobel 2010, considerado um dos mais conceituados galardões nesta área de investigação médica.

Haverá um neurónio da intuição?
Micaela Santos
A viseense Micaela Santos descobriu o gosto pela psiquiatria no quarto ano da licenciatura em medicina (na Universidade do Porto). A investigadora explicou ao “Ciência Hoje” esta sua escolha dizendo que o que mais a atrai em psiquiatria é o fato de ser “uma área integrativa que permite tomar a pessoa como um todo”.
Depois de se aconselhar com especialistas de renome como Sobrinho Simões ou Mota Cardoso, decidiu cumprir um sonho antigo de sair de Portugal e estudar no estrangeiro.A escolha foi a Suiça, por já ter um historial de êxito nesta área médica e por permitir a especialização simultânea em psiquiatria e psicoterapia, algo único em todo o mundo.

Está há um ano em Nova Iorque, onde pretende terminar os estudos que agora desenvolve. Depois disso, poderá voltar para Genebra e por lá ficar pelo menos três anos, partilhando o seu tempo entre o trabalho clínico e a investigação. Voltar para Portugal não é uma carta fora do baralho, mas tudo dependerá das oportunidades que surgirem. 
Depois deste estudo, a investigação da cientista portuguesa prosseguiu, sendo que agora está a trabalhar na neuropatologia do autismo e da esquizofrenia, recorrendo também a análises “pos mortem” de cérebros.

“Estamos a estudar um neurónio diferente de todos os outros [neurónio do Von Economo] e que pensamos estar relacionado com a intuição”, avançou a especialista viseense, alertando que se trata de uma “especulação” e que ainda não foram realizados testes suficientes para comprová-lo.

Segundo a psiquiatra, este neurónio, que se encontra na parte mais interior do cérebro,  poderá ser responsável pela perda de capacidades sociais que resulta da demência fronto-temporal. “As pessoas perdem a inibição e têm comportamentos de agressão e auto-estimulação, pelo que não conseguem perceber o que é ou não adequado”, explicou.

Nesta investigação, Micaela Santos estudou crianças autistas, que têm um aumento deste tipo de neurónios e sugeriu que, nestes casos, estas células “podem não estar a funcionar bem”. Além disso, numa “interpretação especulativa”, a investigadora adiantou que “estas crianças têm uma sensibilidade extrema, pelo que criam um escudo às interacções sociais”.
Outro distúrbio em que estes neurónios, hipoteticamente, intervêm, é a disautonomia familiar. Com uma grande prevalência na comunidade de judeus Ashkenazi, esta doença afeta o sistema nervoso autónomo (SNA) e a sensibilidade periférica. Quando portadores deste distúrbio têm emoções fortes, dá-se uma “tempestade” no SNA, o que se revela em vômitos, na ausência de resposta a estímulos de dor, entre vários sintomas.

A equipa de Micaela Santos também suspeita de que haja diferenças entre os neurónios do Von Economo que se encontram no córtex singular anterior e os do córtex fronto-insular, pois foram encontradas divergências “na forma e no número” destas células em ambos os locais

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

CONSEGUI!!!!!

Hoje exatamente 11h10 consegui falar com a Paula Fernandes!!!! Vou conhecê-la pessoalmente na próxima 3ª feira na parte da tarde.

Como tudo vai continuar conspirando ao meu favor, vamos dar início a um projeto ma-ra-vi-lho-so para ajudar quem precisa. Vamos superar limites!!

Ganhei meu dia!!! Muito feliz!!!

AGRADECIMENTO

Hoje minha postagem é única e exclusivamente para agradecer ao serviço SAMU. Aproveito para agradecer Dr. José Roberto Hansen, coordenador do SAMU - 192. Pelo pronto atendimento e atenção com minha mãe, durante o AVC.


Não tenho como esquecer de agradecer Dr. Wagner Avelar, neurologista que atendeu  minha mãe na fase aguda e ofereceu todos os recursos disponíveis para tentar combater esta catástrofe chamado AVC. Sem contar, Dr. Li Li Min, que dedica sua vida e inteligência a este acidente terrível.

Mais uma vez, muito obrigada a todos!


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

SAUDADE

Saudade é a solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas a pessoa amada já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é quando, o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
"aquela que nunca amou."
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido..."

AINDA VOU CONSEGUIR

PAULA FERNANDES, PSICÓLOGA DA UNICAMP, AMBULATÓRIO DA NEUROLOGIA, EU AINDA VOU CONSEGUIR FALAR COM VOCÊ!!!!!!

NÃO VOU DESISTIR!

DR. WAGNER, DR. LI LI MIN, ME AJUDEM NESTA EMPREITADA

terça-feira, 16 de novembro de 2010

VALE A PENA LER

Comprei este livro através da internet, e vale muito a pena ler. Este material nos traz muitas informações importantes, para pacientes, familiares e cuidadores.

Vale muito a pena ler.
Contato para compra: josiane@lepedic.com.br

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

AMOR TATUADO

TECATUMA EU VOU E VOCÊ? INFINITAMENTE

UM GRANDE EXEMPLO

Um grande exemplo de profissionalismo e muita....mas muuuuita humanização.

Querida fisioterapeuta Juliana, mais uma vez, obrigada por sua dedicação e carinho com minha mãe

PREVENIR É SEMPRE MELHOR

O AVC pode ser de dois tipos. O AVC isquêmico ocorre devido à obstrução de um vaso sanguíneo cerebral, causando falta de irrigação sanguínea em uma região do cérebro e consequente morte das células nervosas. O outro tipo é o AVC hemorrágico, que ocorre devido à ruptura de um vaso e extravasamento de sangue para o cérebro. As principais causas do AVC são a hipertensão arterial, o diabetes mellitus, o colesterol elevado e o tabagismo, entre outras causas. Tratar adequadamente essas doenças e parar de fumar diminui muito a chance de um AVC. Os principais sinais e sintomas do AVC são: início súbito de perda de força e/ou dormência em um dos lados do corpo (braço, perna, face), dificuldade para falar ou compreender a fala, dificuldade para enxergar em um ou ambos os olhos, tontura, desequilíbrio, dificuldade para caminhar. A presença de um desses sintomas deve alertar para o AVC e, imediatamente, o paciente ou seus familiares devem chamar ajuda do SAMU 192, que estará preparado para encaminhar o paciente ao hospital preparado para o atendimento.
Aqui, na cidade de Campinas, com certeza, não existe hospital melhor para AVC, que não seja a Unicamp.

Veja como reconhecer os 3 sinais mais comuns do AVC

"SE TODOS FOSSEM NO MUNDO IGUAIS A VOCÊ....QUE MARAVILHA VIVER!"

DESCREVE DE FORMA SIMPLES NOSSA IMENSA DOR.

A vivência dos familiares de pacientes no processo de adoecer e morrer
Por Marcos Antonio Barg
Se quem chegou partiu
Se quem virá já foi
Só para quem fica
Os dias são todos iguais
Mil sonhos para enterrar
Corpo e alma vergam
Se os anos pesam demais
No coração

Marcus Viana

Todos nós passamos pelo ciclo do nascimento, vida e morte. As transformações que vivenciamos, no decorrer de nossa existência, são necessárias e envolvem mudanças que, se por um lado, são vividas como situações de crise, por outro, promovem a ampliação dos recursos internos para fazermos frente às novas demandas, permitindo, então, nos adaptarmos adequadamente às novas situações.A esse processo de mudança e crescimento, incluímos a passagem da infância para a adolescência, a entrada na universidade, o ingresso na maturidade, com o casamento e o nascimento dos filhos, a terceira idade etc. São mudanças estruturantes, o que envolve deixarmos condições anteriores e aventurarmos em novos desafios, adquirirmos novas habilidades, etc. Essas mudanças, de certa forma, são esperadas e fazem parte de nossas expectativas sobre como o mundo deve ser, favorecendo a sensação de que vivemos em mundo seguro, onde podemos planejar nosso futuro e nada de ruim vai nos acontecer.Entretanto, nem sempre as coisas acontecem como planejamos. Sabemos, hoje, que aquelas mudanças repentinas, inesperadas, cujas consequências podem se tornar permanentes e que afetam profundamente um grande número de crenças e concepções sobre como o mundo deveria ser, podem ter um impacto negativo na saúde mental dos indivíduos. Pesquisadores e estudiosos desse tema, ao definirem o conceito de transição psicossocial, apontam também para a questão da magnitude ou amplitude dessas mudanças, no sentido de que muitas áreas do funcionamento do indivíduo podem ficar afetadas.As presenças de uma doença grave e a perda do ente querido podem ser consideradas, eventos dessa natureza, principalmente, quando surgem de forma dramática e inesperada, afetando profundamente a vida dos indivíduos. Em um curto espaço de tempo, o paciente e seus familiares são arremessados em um turbilhão de fatos, que começam com o início abrupto de uma cefaléia intensa acompanhada por alterações da fala e perda da consciência, a necessidade de ser levado com urgência a um pronto socorro, o som da sirene da ambulância, o temor pela vida da pessoa, etc. Nessa situação traumática, luta-se contra o tempo, enquanto paciente e familiares procuram entender o que está acontecendo. De repente, o mundo muda drasticamente, como se aquilo não estivesse acontecendo, produzindo uma sensação de irrealidade. Nesse momento, são comuns frases do tipo: “eu nunca imaginei que isso pudesse acontecer um dia”, ou então, “a gente acha que essas coisas só acontecem com os outros”, mostrando que ainda persiste um certo grau de resistência em lidar com mudanças.Dependendo de um conjunto de condições, como a região do cérebro atingida, a extensão da lesão, o tipo do evento, a idade do paciente, condições de saúde/doença, os indivíduos poderão receber o diagnóstico de que se trata apenas de um evento transitório e devem seguir para uma investigação ambulatorial, ou então, de que se trata de um caso de maior gravidade, no qual o sujeito deverá ser internado e submetido a uma cirurgia de urgência de alto risco. Nesses casos, que necessitam de internação, o período de estresse para o paciente e familiares se prolonga. A preocupação volta-se, agora, para a imediata realização da cirurgia, o sucesso dos seus resultados, e a rápida recuperação do paciente.O período em que os familiares passarão a comparecer ao hospital inaugura um novo tempo marcado pela ansiedade e pelo medo do futuro, pela discrepância entre o tempo da família e o tempo do hospital e, em um do futuro próximo, deverão aprender também a diferenciar a esperança da ilusão. As mudanças significativas nas rotinas e na dinâmica familiar podem ter um profundo impacto na vida de seus familiares e emerge da necessidade de se redistribuir responsabilidades e de refazer planos anteriormente estabelecidos, de assumir novos papéis, de considerar a importância das decisões a serem tomadas no presente e no futuro que envolve a manutenção e os cuidados com a vida do paciente. A ausência do ente querido nas atividades habituais do dia a dia, nas coisas que faziam juntos, aumenta a solidão e as vivências de múltiplas perdas.A centralização de esforços voltados apenas para o tratamento da doença e os cuidados individuais com o paciente pode não reconhecer o processo de desequilíbrio que afeta também a família e o grupo social que o cerca. Relegada a um plano secundário, e sob o risco de seus membros serem considerados apenas como personagens subsidiários, ignoram-se as profundas experiências emocionais vividas pelos familiares no processo do adoecer do ente querido. Decisões unilaterais podem ser pouco aceitas, por não serem bem compreendidas, de modo que manter um contato mais próximo – marcado não apenas pelo conhecimento e questões técnicas, mas também pela empatia e compaixão –, convidando-os a participar de reuniões com a equipe médica e os profissionais de saúde, pode ser útil, pois esclarece dúvidas sobre o grau de consciência do paciente, se ele pode ouvir, quanto à interrupção de tratamentos inúteis, sobre ressucitação cardíaca, corrige distorções e fantasias, reduz o medo, etc. Nesses encontros, podem manifestar o que consideram mais adequado, não apenas para o paciente, mas para eles também, diminuindo a sensação de vulnerabilidade. Não podemos desconsiderar que, se essa mesma família tem o direito de decidir sobre a doação de órgãos, e quais órgãos serão doados, também deve ter o direito de ser ouvida em outras situações.Em alguns casos, apesar da cirurgia e dos esforços despendidos por toda equipe multidisciplinar, o quadro pode se complicar e o paciente evoluir para uma condição denominada morte encefálica. Essa condição, avaliada através de exames e testes específicos – denominados protocolo de morte encefálica –, mostram que o cérebro já não apresenta mais condições de funcionamento que sustente a vida do sujeito. O organismo passa a depender de meios externos para evitar o colapso total. Isso implica na difícil tarefa do médico comunicar e explicar aos familiares que o fato do corpo estar funcionando não implica que o sujeito esteja vivendo, e que em breve nada mais poderá evitar a morte do paciente. Podem surgir dificuldades dos familiares em entender (aceitar) as explicações do médico sobre o diagnóstico de morte encefálica, apontando para a existência de um processo de negação (em parte, esperado nessas situações). Nesse momento, poderiam ser utilizados alguns elementos de cuidados paliativos, oferecendo a eles suporte emocional, com o objetivo de ampliar a percepção e aprofundar a consciência sobre o que está acontecendo, ajudando-os a desenvolver recursos internos para lidar com situações de perda e luto, tolerância à dor psíquica, a compreender que o seu ente querido está próximo do fim do seu ciclo vital. Essas informações podem desencadear nos familiares sentimentos de muita ambivalência – manter o doente ou deixá-lo ir, pensar no paciente como alguém que está vivendo ou se preparar para o desligamento – e desencadear reações de luto antecipatório, provocadas pela consciência de que a morte é inevitável. O luto antecipatório tem sido definido como o conjunto de reações de luto vivenciadas pelo paciente e familiares que ocorrem antes da perda real ou quando a morte é esperada. Apresenta algumas fases como: choque, negação, ambivalência, revolta, negociação, depressão, aceitação e adaptação.O fato de o paciente se encontrar inconsciente (ou com a consciência rebaixada) impossibilita não só sua comunicação com o cônjuge e familiares, como eles ficam impedidos também de compartilhar a sua dor, expressar admiração, elaborar questões pendentes e mal resolvidas, se perdoarem mutuamente, conversando sobre coisas que foram importantes no relacionamento, enfim se despedirem. Nesse aspecto, o cônjuge e os familiares vivenciam o luto sem a participação do paciente. Sabemos, hoje, que nessa situação, propor algum ritual de despedida – a verbalização de sentimentos ou rituais religioso – pode ter um efeito terapêutico, ajudando-os a entrar em contato com a realidade da morte que se anuncia, a expressarem sentimentos de raiva, desespero, tristeza pela separação/morte. Compartilhar a experiência da perda pode contribuir para aproximar emocionalmente a família, além de ter um aspecto preventivo no luto pós-óbito, ajudando a aliviar sentimentos de culpa, possibilitando reorganizar objetivos de vida no pós-óbito, etc.Pelo exposto até aqui, podemos chegar a algumas conclusões sobre a ocorrência de doenças que evoluem para óbito, como um acontecimento capaz de produzir profundas mudanças em nossas vidas, auxiliando-nos a desenvolver uma concepção de mundo mais realista, pela qual não somos imunes ou onipotentes como gostaríamos, já que é impossível uma existência sem dor, sem ter angústias, conflitos. A través do corpo, fica evidente a fragilidade humana, e a doença, mais que um dano à saúde, pode ter implicações mais amplas na vida das pessoas.

Marcos Antonio Barg é psicólogo do Departamento de Neurologia da Unicamp, mestre em psicologia clínica pela PUC de Campinas com especialização em psicologia hospitalar.

Aproveito para agradecer Marcos por suas palavras, sua atenção e seus cuidados comigo e com minha tia querida! Valeu mesmo!!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

MINHA HISTÓRIA DE VITÓRIA

Me chamo Camila Volpe, sou da cidade de Campinas, tenho 31 anos. Morávamos eu, minha mãe e minha tia.
No dia 05.08.2010, estava em casa, somente com minha mãe, enquanto conversávamos normalmente, ela teve um AVC isquemico. Minha 1º reação foi ligar para o Samu, onde tivemos um atendimento em 8 minutos.
Fomos muito bem atendidos no PS da Unicamp por Dr. Wagner Avelar, um excelente profissional. Foi realizado o procedimento de trombólise, mas infelizmente, durante a madrugada do dia 06.08.2010, minha mãe teve o AVC hemorrágico, precisando assim, retirar a calota da cabeça do lado esquerdo, cirurgia realizada por Dr. Marcos.
Ela foi atendida durante este período por profissionais de altíssima competencia, neurologista, fisioterapeutas, enfermeiros, entre outros
Chegamos a fazer uma conferência com todos os envolvidos na recuperação da minha mãe, pois, ela teria alta médica na sexta-feira seguinte. Mas isso não ocorreu, no dia de sua alta, ela acordou com febre, e não conseguiu "desmamar" de 01 litro de oxigênio que ainda estava. Infelizmente, ela estava com infecção urinária, êmbolos no pulmão e isso desenvolveu para uma sepse grave com desfecho de choque séptico, vindo a falecer em 04.09.2010.
Estes dias foram terríveis para mim e toda minha família. Sou filha única, minha mãe sempre foi e sempre será meu referencial de vida. E durante todo este sofrimento estudei muito sobre AVC, suas causas, consequências, reabilitações, enfim, meu "mundo" mudou, para a nova vida que estaria prestes a começar, que por motivos que somente Deus sabe, não aconteceu.
Hoje, 02 meses após sua morte, me sinto preparada e forte, para ajudar as vítimas do AVC, sendo pacientes, familiares e principalmente cuidadores.

Vamos ajudar quem precisa, e nós que passamos por tudo isso, sabemos muito bem a importância desta ajuda, nem que seja, apenas uma palavra.