quarta-feira, 16 de março de 2011

Óleo de planta ajuda a recuperar movimentos de vítimas de AVC

O óleo essencial da Alpinia speciosa Schum, planta regional do Nordeste conhecida como 'Bastão do Imperador' e muito utilizada na fabricação de colônias para o candomblé, tem ação relaxante que ajuda na recuperação pacientes com o sistema nervoso lesionado por doença vascular encefálica, lesões de medula, paralisia cerebral, traumatismo crânio-encefálico, esclerose múltipla, entre outras enfermidades que atingem a via nervosa.
A descoberta, feita em Sergipe pela fisioterapeuta Edna Aragão Farias Cândido durante a conclusão do doutorado pela Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio), já gerou patentes nacional e internacional.
Edna Aragão, que desenvolveu pesquisas no Centro de Fisioterapia da Universidade Tiradentes, em Aracaju (SE), avaliou quase mil grupos musculares e acompanhou 75 pacientes. Todos recobraram os movimentos. O caso mais significativo é o do lutador de jiu-jitsu sergipano João Alberto Alves, 31 anos.
Em 2007, Alves sofreu um acidente vascular encefálico após cirurgia para retirada da glândula tireoide. "Eu era independente e, de uma hora para outra, me vi precisando de ajuda para fazer tudo. Foi muito difícil", afirma o lutador que sequer levantava da cama, mas hoje usa o andador com facilidade e faz exercícios físicos.
Em uma situação patológica, por falta de controle do sistema nervoso central, os impulsos nervosos vindos da medula para o músculo ficam acentuados, causando espasticidade (espasmos) e, ao mesmo tempo, paralisia muscular. Em sua tese, a pesquisadora mostrou que o óleo atua nos canais de cálcio, responsáveis pela contração muscular. O excesso de cálcio promove a tensão do músculo. Sua normalização permite que o músculo contraia e relaxe normalmente, o que gera energia para novos movimentos.

segunda-feira, 14 de março de 2011

AVC: FALTA DE TERAPEUTAS DA FALA ATRASA RECUPERAÇÃO DE DOENTES

A falta de terapeutas da fala nos hospitais públicos atrasa o início dos tratamentos de muitas vítimas de AVC, que só começam as sessões quando terminam o internamento hospitalar e recorrem ao privado, falhando assim um “tempo primordial para o sucesso terapêutico”. A maioria dos hospitais não tem o número de profissionais necessários para responder às necessidades de quem mais precisa. Temos muito poucos terapeutas da fala a trabalhar no SUS. Há vários hospitais que não têm nenhum e outros que têm um terapeuta apenas numa unidade. A intervenção atempada dos terapeutas da fala faz a diferença nos resultados dos tratamentos de vítimas de AVC. De acordo com Catarina Olim, “um doente que sofra um AVC deve começar a intervenção de imediato”, sendo que “o primeiro mês é essencial”.

HERPES ZÓSTER AUMENTA RISCO DE AVC

Infecção conhecida por zona Investigadores consideram que AVC pode resultar das lesões nos vasos sanguíneos provocadas pelo vírus herpes zóster.

Os adultos com herpes zóster, uma infecção popularmente conhecida por zona, parecem ter um risco mais elevado de acidente vascular cerebral, sobretudo quando a infecção afeta a área à volta dos olhos, afirmam investigadores num artigo publicado no Stroke. O vírus que provoca a zona é o mesmo que causa o aparecimento da varicela. Os investigadores analisaram dados referentes a mais de 7,700 adultos, submetidos a tratamento para o herpes zóster entre 1997 e 2001, e verificaram que, no ano após o tratamento, 133 deles (1,7%) sofreram um AVC. A incidência no grupo de controlo foi de 1,3%. Os autores concluíram ainda que a incidência de AVC foi substancialmente mais elevada nos indivíduos com infecção à volta dos olhos (quase 4,3% mais alta do que no grupo de contolo). Os autores consideram que o AVC pode resultar das lesões nos vasos sanguíneos provocadas pelo vírus herpes zóster.