Tamara Checcacci, neurologista do Hospital Federal da Lagoa, vinculado ao Ministério da Saúde, mostra quais são os sintomas que devemos estar atentos. “O primeiro é a alteração da força muscular, principalmente dos braços ou pernas. O segundo é a simetria facial. O terceiro envolve a fala e o quarto sinal é visto pela movimentação da língua”, explica.
De acordo com a especialista, a avaliação superficial das funções motoras pode revelar um derrame cerebral. Portanto, para saber se alguém pode ter sofrido um AVC, peça para a pessoa levantar os braços, sorrir, repetir uma frase e colocar a língua para fora e para os lados. Caso a pessoa apresente dificuldades nestas tarefas, ela deve ser levada imediatamente a um hospital.
A neurologista esclarece que o AVC é uma alteração na circulação sanguínea do cérebro, que pode ser de dois tipos: isquêmico, o mais comum, ou hemorrágico. “O primeiro é provocado pela obstrução de uma ou mais artérias e geralmente ocorre em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol elevado ou hipertensão. O hemorrágico é mais grave, ocorre com a ruptura de uma artéria. O derramamento de sangue na caixa craniana oferece danos muito mais graves e pode ocorrer até em pessoais mais jovens”, ressalta a neurologista.
“Em áreas mais importantes do cérebro, o derrame é mais prejudicial. Lesões mínimas nesses locais são mais graves. Em áreas cerebrais menos utilizadas, os efeitos são menores”, afirma Tamara Checcacci. A médica explica que no caso de indivíduos destros, lesões no hemisfério esquerdo do cérebro são mais prejudiciais, pois esse é o lado que comanda o lado direito do corpo.
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