quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

PEQUENO PODER DE REGENERAÇÃO

Quando o cérebro sofre algum dano, a recuperação pode ser longa e lenta. As sequelas deixadas por um acidente vascular cerebral (AVC) são determinadas pela área onde ele ocorreu. Na hora da crise, é importante chegar a uma emergência em até quatro horas e meia para receber o medicamento adequado. Se o tipo for isquêmico, é dada uma dosagem do medicamento alteplase (rt-PA). Se o problema for hemorrágico, a pressão arterial é controlada e o paciente é encaminhado para uma unidade de tratamento intensiva.

Passados os primeiros socorros, já no hospital começa a fase da recuperação. O neurologista investiga a causa do acidente e as sequelas do paciente. O tratamento é feito de acordo com o resultado dos exames. Geralmente, a pessoa é encaminhada para especialistas na área de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e nutrição.

Quem tem um derrame apresenta um risco três vezes maior de ter outro do que alguém sem um histórico do problema. Nos primeiros cinco anos depois da primeira crise, as chances de acontecer outro AVC aumentam cerca de 40%. A recorrência é ainda mais perigosa, porque partes do cérebro já sofreram danos irreversíveis. No entanto, existem algumas medidas que podem ajudar a evitar outro acidente vascular cerebral, como parar de fumar, ter uma alimentação saudável, fazer uma atividade física e administrar os níveis de colesterol.

O grande problema na recuperação de um AVC é que o sistema nervoso central tem uma capacidade pequena de se regenerar espontaneamente. Uma pesquisa feita na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realiza testes com células-tronco para conseguir aumentar as chances de regeneração. Os resultados em ratos foram promissores, mas a equipe acaba de começar a fase de testes em humanos. “Estamos terminando um estudo clínico para avaliar a segurança das células da medula óssea em pacientes com AVC isquêmico na fase aguda, até 10 dias depois da crise. Se as células se mostrarem seguras e eficazes, isso poderá se tornar uma terapia”, afirma a chefe do grupo e neurobiologista Rosalia Mendez-Otero.

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