domingo, 5 de dezembro de 2010

SOBREVIVENTES DO AVC

(Texto copiado de uma comunidade do orkut)

Primeiro, entenda que o sobrevivente de AVC não se tornou um incapaz. Ele apenas está doente. Segundo, esteja certo de que o paciente está tentando fazer as tarefas propostas, apenas não no nível de habilidade nem no tempo de quem as propõe. Portanto, não avalie sua capacidade cognitiva pela velocidade com que ele responde. Fale com ele diretamente em vez de falar sobre ele com os outros, como se ele não estivesse ali. Incentive-o a aprender constantemente, mesmo que leve vinte anos. Ao propor um desafio ou tarefa, fragmente todas as ações em pequenos passos e esclareça ao paciente qual é o próximo, para que ele possa saber que objetivo está perseguindo. Formule questões de múltipla escolha em vez de perguntas cujas respostas sejam sim ou não. Elas estimulam o cérebro a trabalhar. E dê-lhe tempo para procurar a resposta em vez de completar suas frases. Comemore todos os pequenos avanços na recuperação, porque eles são a inspiração para conquistas maiores. Sobretudo, ame-o pelo que ele é hoje.

A afirmação de que seis meses é o prazo máximo para uma vítima de derrame recuperar determinada habilidade está totalmente errada. Os seis primeiros meses são os melhores, mas vi meu cérebro se recuperar durante oito anos ( depoimento de uma vítima ). Já ouvi pacientes dizer, quinze anos depois do derrame, que estavam readquirindo movimentos. Além do mais, já se sabe que, após o derrame, algumas células cerebrais que sofreram o trauma interrompem suas conexões com outras células e ficam num estado de dormência, mas não estão mortas. As células que morrem são aquelas que entram em contato direto com o sangue do derrame. Os grupos de células que ficam adormecidas isolam-se para se proteger. Com o tempo, conforme aumentamos a estimulação, eles podem crescer, conectar-se à rede e voltar a funcionar. Isso sem falar na capacidade de adaptação das células cerebrais. Quando as células responsáveis por uma tarefa não podem mais realizá-la, passam a contar com a colaboração de outros grupos de células, desenvolvendo novas habilidades e compensando aquela que foi perdida. Quando se perde um dos sentidos, os outros tendem a ficar mais aguçados.
Nos últimos dez anos, houve duas grandes contribuições científicas à crença na capacidade de recuperação constante do cérebro. A primeira vem do conceito de neuroplasticidade, em que o cérebro altera suas conexões conforme o tipo de estímulo. Antes, pensava-se que a estrutura do cérebro era definida na primeira infância, e não mudava. A segunda vem da descoberta de que novos neurônios crescem em locais estratégicos. Um exemplo: um alcoólatra de longa data pára de beber. Depois de três meses, novos neurônios começam a crescer no hipocampo, a parte do cérebro responsável por armazenar memórias recentes. Assim, ele terá um grande estímulo à aprendizagem. Até dez anos atrás, tínhamos como certo que não se formavam novos neurônios

3 comentários:

  1. Meu pai teve um AVC hemorrágico há 2exatos 1 ano e 6 meses.
    Na ocasião, fiquei espantada com a ausência de informação a respeito do que aconteceria com ele, próximos passos, recuperação....depois, entendi que quando se trata de cérebro, ninguém pode prever como será, tudo depende da área lesada, do tamanho da lesão, da capacidade de recuperação e por aí vai.
    Mesmo assim, quando meu pai saiu do hospital, depois de UTI e tudo, fiz uma promessa que escreveria um relato em alguns sites a respeito da experiência que eu e minha família tivemos ao longo desse período. E vou cumprir: deixarei 10 lições que tirei e estamos tirando (ainda)... com essa situação que nos pega de surpresa, tira nosso chão e nos faz pensar “porque com ele?” “porque dessa forma?”
    1) Primeira e principal lição: Ouça os médicos mas só acredite em DEUS. Tivemos por diversas vezes notícias de que meu pai não sairia dessa.
    2) A fase de UTI é muito nebulosa, demoramos para ver qualquer evolução e aprendemos que nesse momento, o fato de o paciente estar estável – mesmo sem apresentar qualquer melhora – é uma excelente notícia para todos.
    3) A fase de hospital é muito cansativa para toda a família. É um momento doloroso emocional e fisicamente. Mas preparem-se e unam-se pois a união da família será determinante. Importante que todos ajudem e cada um do seu jeito, faça aquilo que você pode e não olhe para o que o outro está fazendo ou deixando de fazer, tenha certeza que a dor é de todos mas nem sempre todos podem contribuir do mesmo jeito, da mesma forma ou no mesmo momento.
    4) Assim que saímos do hospital - felizes da vida por ter meu pai de volta em casa - ficamos espantados pois ele não dormia e nem mesmo parecia lúcido. De nada fomos avisados, mas parece que isso é comum após a saída do hospital, depois de umas 2 semanas ele acertou o sono e estava muito melhor.
    5) Os estímulos, quanto mais cedo forem feitos, são muito importantes para a melhora do paciente. Conseguimos que meu pai fizesse fisioterapia, fonoaudiólogo, hidroterapia e equoterapia. Quanto mais horas de exercícios diários, melhor!
    6) Carinho, atenção e paciência com o nosso pai está sendo um exercício diário. Tem que exercer. Lembre-se que eles estão debilitados e no caso do meu pai consciente, porém muitas vezes agressivo, nervoso e impaciente.
    7) Pensar na situação financeira da família é importante, principalmente no nosso caso pois ele quem era o provedor da família e de uma hora para outra não pôde voltar para a empresa. Isso acarreta diversos outros problemas, por isso repito: a união familiar é muito importante.
    8) Acredite em pequenos milagres. Quem está por perto percebe uma evolução – mesmo que mínima – a cada dia!
    9) Paciência, paciência e paciência. É uma recuperação muito lenta.
    10) Cuide da pessoa que está todo dia com o paciente. No nosso caso a minha mãe, que está exausta e muito abalada emocionalmente. É muito difícil para ela e por mais que tenhamos ajuda, meu pai solicita sua ajuda há todo momento.

    Hoje, quase 2 anos depois, meu pai ainda não está caminhando sozinho – apesar de ter melhorado muito o seu equilíbrio - e também não está com a fala nítida – o que socialmente atrapalha muito a sua convivência.
    Crescemos muito como família, seres humanos...mas confesso que meu maior desejo é ter meu pai de volta, como sempre foi: atencioso, amoroso, trabalhador, bondoso e um exemplo para toda a família.

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  2. Meu pai teve um AVC hemorrágico há 2exatos 1 ano e 6 meses.
    Na ocasião, fiquei espantada com a ausência de informação a respeito do que aconteceria com ele, próximos passos, recuperação....depois, entendi que quando se trata de cérebro, ninguém pode prever como será, tudo depende da área lesada, do tamanho da lesão, da capacidade de recuperação e por aí vai.
    Mesmo assim, quando meu pai saiu do hospital, depois de UTI e tudo, fiz uma promessa que escreveria um relato em alguns sites a respeito da experiência que eu e minha família tivemos ao longo desse período. E vou cumprir: deixarei 10 lições que tirei e estamos tirando (ainda)... com essa situação que nos pega de surpresa, tira nosso chão e nos faz pensar “porque com ele?” “porque dessa forma?”
    1) Primeira e principal lição: Ouça os médicos mas só acredite em DEUS. Tivemos por diversas vezes notícias de que meu pai não sairia dessa.
    2) A fase de UTI é muito nebulosa, demoramos para ver qualquer evolução e aprendemos que nesse momento, o fato de o paciente estar estável – mesmo sem apresentar qualquer melhora – é uma excelente notícia para todos.
    3) A fase de hospital é muito cansativa para toda a família. É um momento doloroso emocional e fisicamente. Mas preparem-se e unam-se pois a união da família será determinante. Importante que todos ajudem e cada um do seu jeito, faça aquilo que você pode e não olhe para o que o outro está fazendo ou deixando de fazer, tenha certeza que a dor é de todos mas nem sempre todos podem contribuir do mesmo jeito, da mesma forma ou no mesmo momento.
    4) Assim que saímos do hospital - felizes da vida por ter meu pai de volta em casa - ficamos espantados pois ele não dormia e nem mesmo parecia lúcido. De nada fomos avisados, mas parece que isso é comum após a saída do hospital, depois de umas 2 semanas ele acertou o sono e estava muito melhor.
    5) Os estímulos, quanto mais cedo forem feitos, são muito importantes para a melhora do paciente. Conseguimos que meu pai fizesse fisioterapia, fonoaudiólogo, hidroterapia e equoterapia. Quanto mais horas de exercícios diários, melhor!
    6) Carinho, atenção e paciência com o nosso pai está sendo um exercício diário. Tem que exercer. Lembre-se que eles estão debilitados e no caso do meu pai consciente, porém muitas vezes agressivo, nervoso e impaciente.
    7) Pensar na situação financeira da família é importante, principalmente no nosso caso pois ele quem era o provedor da família e de uma hora para outra não pôde voltar para a empresa. Isso acarreta diversos outros problemas, por isso repito: a união familiar é muito importante.
    8) Acredite em pequenos milagres. Quem está por perto percebe uma evolução – mesmo que mínima – a cada dia!
    9) Paciência, paciência e paciência. É uma recuperação muito lenta.
    10) Cuide da pessoa que está todo dia com o paciente. No nosso caso a minha mãe, que está exausta e muito abalada emocionalmente. É muito difícil para ela e por mais que tenhamos ajuda, meu pai solicita sua ajuda há todo momento.

    Hoje, quase 2 anos depois, meu pai ainda não está caminhando sozinho – apesar de ter melhorado muito o seu equilíbrio - e também não está com a fala nítida – o que socialmente atrapalha muito a sua convivência.
    Crescemos muito como família, seres humanos...mas confesso que meu maior desejo é ter meu pai de volta, como sempre foi: atencioso, amoroso, trabalhador, bondoso e um exemplo para toda a família.

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  3. Me chamo sebastisao silveira de oliveira e sou sobrevivente de um avc isquemico, do dia 23 de abril de2016 uma tarde de sabado estav em casa brincando com meus sobrinhos quando firmei no banco pra mudar de posiçao nao sente mais nada do lado esquerdo fui direto pro chao nao conseguia me levantar e nem mesmo falar fiquei muisto preocupado ao ver o despero de minha esposa e de minhas cunhadas q no momento estavam em minha casa, mas Deus e sua infinita misericordia providenciou tudo, um amiga infermeira esta na casa de sua mae a fica em frete a minha, veio pra ajudar e com a ajuda de minh querida esposa me colocaram dentro do carrro e me levavram correndo pro hospital,quero agradecer tbm a equipe da emergenci do hospital sao francisco de assis em goiania a me atenderam com muista dedicaçao issso foi de suma importancia pra minha recuperaçao o meu muito obrigado aos medicos infermeiros funcionarios da uti q me trataram com muisto amor. e gradecer a Deus por ter colocado tantas pessoas maravilhosas no meu caminho,agradecer a minha esposa maravilhosa q nao me deixou um so instante, e a vc q estiver lendo este comentaario quero te fazer um pedido tenha Deus no seu coraçao pois pois o dis mau chega sem avisar e nada disso seria possivel sem esse Deus vivo e verdadeiro q eu siirvo graças a ele hoje estou em casa recuperei todos os meus movimenstos vou deixar meu e-mail. se alguem quiser me escrever prometo responder a todos com muito prazer sebasilveira1@hotmail.com

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